A extrema-direita entra no Parlamento

Publicado em 14 Abril 2015 às 12:56

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O partido de extrema-direita Jobbik venceu as eleições legislativas parciais da cidade de Tapolca, no dia 12 de abril, obtendo assim o seu primeiro lugar no Parlamento durante um escrutínio uninominal. O seu candidato, Rig Lajos, obteve 35,3% dos votos, perante os 34,4 do candidato do partido do Governo de Viktor Orbán, o Fidesz. “A estratégia do partido no poder acaba de ser destruída e não pela esquerda, mas pela direita”, analisa o diário de Budapeste Magyar Nemzet. O jornal, cuja manchete diz: “A mudança que vem da direita”, acredita que “há um vento de mudança no poder”. Na corrida às eleições legislativas de 2018, o Fidesz já se vê ameaçado por um Jobbik que até agora ainda não tinha passado dos 20%. Para este jornal, muito próximo do Fidesz,

mesmo que a massa crítica do eleitorado esteja descontente com com as recentes medidas do Governo – taxas sobre a Internet, corrupção, aproximação à Rússia –, esta ainda não confia totalmente no Jobbik. Mas é necessário reconhecer que, enquanto o discurso de extrema-direita tenha tido uma certa repercussão, a direita que se encontra no poder não conseguiu mobilizar-se.

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