A onda de expulsões não é tão grande quanto diziam

Publicado em 23 Maio 2013 às 13:41

Será que o valor de 39 mil famílias desalojadas em 2012, citado por diversos jornais, foi exagerado? Tendo em conta os dados publicados pelo Banco de Espanha, tudo indica que sim: segundo os bancos que efetuaram as expulsões forçadas, “apenas” 2405 proprietários foram obrigados a abandonar os seus apartamentos em 2012 por não terem meios financeiros para reembolsar o empréstimo.
Eis “finalmente a verdade sobre as expulsões”, regozija-se Jesús Rivases, diretor do semanário Tiempo, segundo o qual estes valores põem em causa os dados apresentados por outros relatórios e pelos grupos que se opõem às expulsões, como a Plataforma dos Afetados pelas Hipotecas:

Obviamente que uma grande maioria dos 6,14 milhões de créditos hipotecários será reembolsada, que só houve 2405 casos em que os proprietários tiveram de entregar os seus alojamentos aos bancos e que a polícia só teve de intervir em 355 casos. São dados que surpreendem tanto os que pensam que as expulsões afetam centenas de milhares de pessoas, como os que acham que são casos raros. […] O que fica disto tudo são toneladas de demagogias e outros efeitos colaterais, incluindo os “escraches” – pressões puras e simples. Pelo menos agora está tudo muito mais claro. […] Os valores refletem a realidade de uma série de catástrofes e de tragédias pessoais de várias famílias, mas os valores são estes e não outros.

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