“Ainda não foi preso e já exibe a auréola de prisioneiro político”

Publicado em 15 Julho 2013 às 09:34

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Viktor Uspaskich, fundador do Partido do Trabalho, foi condenado a quatro anos de prisão efetiva, a 12 de julho, por fraude fiscal e contabilidade paralela dentro do seu partido.
Classificado como “tumor maligno do sistema” político pelo Lietuvos rytas, Uspaskich foi acusado de não ter declarado sete milhões de euros de receitas do seu partido, o segundo do país e membro da coligação governamental. O diário lamenta que a justiça não tenha “determinado definitivamente de onde veio esse dinheiro”, que se supõe ter sido desviado dos subsídios europeus.
O jornal insurge-se igualmente contra a reação da elite política, que tomou a defesa do condenado: “Nada muda”. Porque sem o Partido do Trabalho, explica o Lietuvos rytas, não é possível haver uma coligação de governo mais ou menos sólida. E isto é ainda mais importante numa altura em que a Lituânia acaba de assumir a presidência da União Europeia. O jornal espera, por isso, que Uspaskich, que partiu para a Rússia no dia a seguir ao veredicto, “volte, porque ninguém precisa de instabilidade”.

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