Eleições legislativas na Moldávia

“Paz ou guerra?”

Publicado em 30 Novembro 2014 às 21:35

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No dia 30 de novembro, cerca de 3 milhões de eleitores foram chamados a renovar o Parlamento. Estes dividem-se entre os partidários da maioria pró-europeia cessante, enfraquecida pelos vários escândalos de corrupção mas com um percurso exemplar no seio da Parceria Oriental, e a oposição comunista, que cultiva a nostalgia dos tempos em que a Moldávia fazia parte da URSS e que se inclina para a União euroasiática apoiada por Moscovo.
Surgiram novos partidos relacionados com a minoria russa antes da votação, como o Patria, cujo líder Renato Usatîi saiu do país e pediu asilo na Rússia, após a exclusão do seu movimento da campanha eleitoral devido a financiamentos oriundos do estrangeiro.
O Ziarul naţional revela que o Patria estava a preparar um golpe de Estado com o grupo extremista pró-russo Antifa, “coordenado pelas organizações separatistas ucranianas” e financiado por “um país estrangeiro hostil a Chisinau”, isto é, a Rússia.
A sombra de Moscovo paira sobre o escrutínio, uma vez que, seja qual for o resultado, os observadores temem que a Rússia reaja aumentando a sua influência sobre a antiga república soviética, direta ou indiretamente através de organizações pró-russas presentes na república separatista da Transnístria.
É por este motivo que o diário pró-europeu Ziarul naţional considera que a votação é uma escolha entre “a paz e a guerra”.
Entretanto, o Deutsche Welle informa que o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Iulian Groza, declarou que “em 2015, a Moldávia vai solicitar a adesão à União Europeia”.

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