O drama da solidariedade

O plano de resgate da Grécia, para além de ser nefasto, não serve para nada. O Estado de Direito está em declínio. A Europa "virtuosa" está a ser vítima de um bando de ladrões chantagistas, escreve o Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.

Publicado em 17 Junho 2011

Há cerca de um ano, os responsáveis políticos europeus criaram um plano de resgate do euro que tinha sido solicitado há muito tempo. Foi dado um crédito superior a 110 milhões de euros à Grécia. A seguir foi a vez da Irlanda e de Portugal. E agora outra vez a Grécia.

Se os responsáveis políticos da UE também não fizeram caso da cláusula de não solidariedade do Tratado Europeu [segundo a qual: "a UE não assume os compromissos das administração centrais"], é porque se trata de uma situação de emergência.

Prevê-se, com efeito, que os Estados possam prestar auxílio imediato a um parceiro atingido por uma catástrofe natural. O facto de a Grécia apresentar um índice de endividamento próximo dos 150% do seu PNB passa agora por uma espécie de decreto da natureza e não da obra de homens e de responsáveis políticos.

[...] **Este artigo foi retirado a pedido do proprietário dos direitos de autor.**

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Grécia

Ligeira remodelação

"Governo ajudado", escreve o Ta Nea, um dia depois das negociações da maioria que conduziram à remodelação do executivo pelo socialista Georges Papandreou, que se viu obrigado a sacrificar o seu ministro da Economia, Georges Papaconstantinou, tido como o autor do plano de austeridade contestado pelos manifestantes que ocupam, há semanas, a Praça Syntagma, à frente do Parlamento. Papandreou nomeou para o seu lugar o ministro da Defesa, Evangelos Venizelos, cuja fotografia aparece na primeira página do Ta Nea a seu lado. Papaconstantinou irá ocupar o Ministério do Ambiente.

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