Depois da Hungria, a Espanha prepara-se para introduzir a “regra de ouro” orçamental na sua Constituição: o PSOE (socialistas) e o PP (oposição de direita) “concordam com uma reforma da Constituição sem referendo”, traz em manchete o Público, no dia seguinte ao comunicado do governo, que vai introduzir o limite do défice público com uma lei fundamental. Uma medida “exigida pela Alemanha”, observa o diário madrileno, segundo o qual o governo de José Luís Zapatero deseja “acalmar os mercados” e mostrar que doravante “o problema do défice não se voltará a repetir”.
A “regra de ouro” terá exceções, como as catástrofes naturais ou as “graves recessões” e o seu princípio foi imediatamente apoiado pelo presidente da oposição, Mariano Rajoy. O limite da dívida será estabelecido até 0,40 por cento do PIB a partir de 2018, “uma fórmula adotada há dois anos pela Alemanha [Berlim limitará o seu défice a 0,35 por cento do PIB a partir de 2015] e levado em conta por outros países, como a França.
No entanto, o Público lamenta que a medida não seja submetida ao voto popular e publica em manchete o hashtag#yoquierovotar, que corresponde ao tópico lançado no Twitter por “milhares de cidadãos que se mobilizam nas redes sociais” para pedir um referendo. Mas “os socialistas e os conservadores têm a chave e o governo tem pressa”, conclui o jornal.
