A uma semana das eleições legislativas, o Handelsblatt deplora o facto de a classe política alemã não se interessar o suficiente pelas classes médias:
A campanha é dominada pelo tema da “justiça social”. Fala-se dos problemas dos meios desfavorecidos e do luxo dos ricos. Mas ninguém menciona a classe média, apesar de esta garantir a estabilidade da sociedade alemã desde o final da guerra fria e de ser o motor da primeira economia na Europa.
O diário recorda que há 15 anos, os chefes de empresas, os engenheiros e os professores faziam parte do que os sociais-democratas do antigo chanceler Gerhard Schröder chamavam de “novo centro.” No entanto, as reformas da “Agenda 2010” recriaram uma classe média mais pobre e uma classe média mais abastada. “Foi assim que o novo centro se tornou o centro esquecido”, constata o Handesblatt.