As centrais estão ultrapassadas, fechemo-las!

Os resultados dos testes de resistência realizados pela UE fornecem mais razões do que as necessárias para encerrar os velhos reatores. Mas a Comissão não tem a coragem de seguir o exemplo da Alemanha e prefere apostar em modernizações dispendiosas, lamenta o Frankfurter Rundschau.

Publicado em 5 Outubro 2012 às 15:13

Faltam-lhe os airbags, o ESP [controlo eletrónico de estabilidade], o catalisador, os faróis de halogéneo, um sistema de ajuda ao estacionamento, os vidros elétricos. Ninguém se lembraria de fazer um lifting a um velho Carocha Volkswagen de 40 anos para o adaptar à circulação moderna, duas vezes mais intensa e muito mais rápida do que na época em que este veículo saiu. Quantos de nós estariam dispostos a ir todos os dias para o trabalho nesse velho chaço? O Carocha do começo dos anos 1970 não serve sequer para o passeio de domingo: não é suficientemente antigo nem suficientemente original.

[…] **Este artigo foi retirado a pedido do proprietário dos direitos de autor.**

Visto de Bruxelas

Testes de esforço levam a um aumento da eletricidade

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A maioria dos 134 reatores nucleares da UE necessita de atualizações que garantam a segurança dos reatores em caso de catástrofe, afirmou a Comissão Europeia na apresentação do seu relatório sobre segurança nuclear na UE, em Bruxelas, no dia 4 de outubro. O custo desta intervenção poderá oscilar entre os €10 e os €25 mil milhões — “uma fatura que irá provavelmente refletir-se nos preços ao consumidor, com um aumento do preço da eletricidade”, escreve o Daily Telegraph.

O diário londrino refere que a Comissão Europeia elaborou este relatório de acordo com os parâmetros do tremor de terra e do tsunami de março de 2011 no Japão, um país propenso a este tipo de cataclismos, que fez 16 mil vítimas e destruiu a central nuclear de Fukushima.

Guenther Oettinger, o comissário europeu da Energia, com uma interpretação controversa em relação ao desastre de Fukushima, - que não causou vítimas - a que chamou ‘apocalipse’, disse que os padrões de segurança na Europa eram ‘no geral, elevados’.

Mesmo assim, o comissário anunciou a sua intenção de criar uma nova legislação comunitária que obrigue a indústria nuclear a ter um seguro de responsabilidade baseado no risco teórico de acidente nuclear, ao afirmar que

a obrigação de uma apólice de seguro irá provocar custos que se vão refletir nas faturas da eletricidade. De certeza que esta medida não irá fazer com que a energia nuclear se torne mais competitiva.

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