Bruxelas contrata

Publicado em 4 Janeiro 2013 às 13:05

"A Europa procura os melhores cérebros", escreve o jornal Die Welt. Porque, até 2020, uma geração de funcionários europeus vai passar à reforma. Irá ser preciso preencher milhares de lugares, o equivalente a um terço dos efetivos atuais, nas instituições europeias. Só por si, a Comissão terá de substituir 10 mil dos seus 35 mil funcionários.

No entanto, apesar de a UE considerar legítimo aliciar pessoas altamente qualificadas com condições de sonho – férias suplementares, prémios isentos de imposto, bons salários –, as regalias dos funcionários europeus estão longe de merecer apoio unânime, salienta este diário:

A associação europeia de contribuintes contra a UE brada contra o self-service. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, quer cortar milhares de milhões nos salários. E a CSU [o ramo bávaro dos cristãos democratas de Angela Merkel] tira partido da falta de informação do período de Natal para pedir a supressão de 15 dos 27 cargos de comissários europeus. […] Numa altura em que os Estados-membros são forçados a fazer economias, dizem os críticos, a UE não deveria ser exceção.

A UE gasta 6% do seu orçamento com a sua própria administração de 44 mil funcionários – 55 mil, se incluirmos os contratados e os contratados a prazo. Em 2011, eram utilizados pelo aparelho €8,2 mil milhões. E, refere ainda Die Welt:

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O interesse pelos cargos bem pagos é grande, sobretudo em tempos de crise. […] É sobretudo o número de candidatos da Europa do Sul que está a aumentar.

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