Com queda de Sócrates, espetro do FMI paira sobre Lisboa

Publicado em 24 Março 2011 às 12:26

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“Sai. E vai a votos”, é o título do jornal i no dia seguinte à demissão do primeiro-ministro José Sócrates, minutos depois de o conjunto dos partidos da oposição rejeitarem o Plano de Austeridade (PEC IV) apresentado ao Parlamento. O diário lisboeta precisa, além disso, que a demissão de Sócrates só será oficialmente aceite pelo Presidente Aníbal Cavaco Silva após a cimeira europeia de 24 e 25 de março. Consequentemente, “Sócrates estará hoje no Conselho Europeu, mas com o PEC chumbado”. José Sócrates declarou que seria candidato às eleições legislativas que deverão desenrolar-se antes de junho.

O Público relembra que, até lá, o país tem de conseguir cerca de 8,3 mil milhões de euros nos mercados. Ora “sem Governo, o país não encontrará investidores e, por conseguinte, será obrigado a apelar à ajuda externa”. Com a decisão do Conselho Europeu de congelar até junho qualquer discussão sobre um fundo de emergência da zona euro, “qualquer ajuda externa efetuada nos próximos tempos” trará “a reboque o FMI, à semelhança do que aconteceu na Grécia e na Irlanda. Com medidas porventura ainda mais duras e gravosas para os portugueses do que as que estavam inscritas neste PEC IV ontem chumbado”, analisa o Diário de Notícias em editorial.

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