Crise da dívida

Combater incêndios com fogo

Publicado em 8 Agosto 2011 às 11:11

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"Será que o mundo vai entrar em bancarrota?" pergunta, num título, a revista Der Spiegel, perante o endividamento dos EUA, a crise do euro e o caos nas bolsas de valores. Sem grandes esperanças, a revista de Hamburgo explica como a política na Europa e nos EUA corre em vão atrás dos mercados financeiros – destabilizando-os cada vez mais. Há 3 anos, na época em que os Estados se endividaram fortemente para salvar os seus bancos, ninguém responder quando se perguntou quem iria salvar os salvadores, recorda Der Spiegel. Até hoje, "o sinal distintivo dos resgates europeus é chegarem atrasados e serem insuficientes". Quanto à China, é improvável que possa salvar a economia mundial, por estar embalada numa economia sobreaquecida, que se arrisca a fazer explodir a próxima bolha, nota a revista.

E conclui: "A lição a tirar desta crise resume-se em duas palavras: finanças públicas sólidas", que implicam difíceis curas de austeridade e dolorosas delegações de soberanias nacionais. "Para o bem-estar do ocidente, nada é mais determinante do que saber se os Governos conseguem refletir no longo prazo. Têm de pensar para além das próximas eleições."

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