“À beira do abismo?”, traz em manchete o semanário conservador Uważam, rze, que questiona a sobrevivência do euro. A resposta é sim, escreve o comentador Marek Magierowski, mas os países da Zona Euro terão de abdicar de uma grande parte da sua soberania. “A crise atual ajudará a acelerar o processo do estabelecimento de um governo europeu”, que assumirá as responsabilidades pelas políticas macroeconómicas dos Estados Membros. Mais cedo ou mais tarde, a chanceler Angela Merkel reivindicará a harmonização das taxas corporativas e será implementada a reforma dos sistemas de pensão na Zona Euro”, escreve o semanário da Varsóvia, que insiste, no facto de que sem estas mudanças a Zona Euro está condenada. No entanto, “reza a história que Angela Merkel consegue tudo o que quer” – motivo pelo qual a Grécia foi obrigada a aceitar cortes drásticos e a privatização de empresas do estado. A Espanha, Portugal, a Itália, a Bélgica e com o tempo, a França estarão brevemente na mesma situação. “Teoricamente, os orçamentos dos países anteriormente referidos serão controlados por Bruxelas, mas na prática, a maioria das decisões serão tomadas em Berlim”, conclui o Uważam, rze.
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