Dinamarca, o exemplo que a Suécia não deve seguir

Publicado em 24 Maio 2013

Quando falam dos tumultos que agitam Husby, nos arredores de Estocolmo, os órgãos de informação suecos não referem que mais de 80% dos habitantes deste bairro não são de origem sueca, salienta o Politiken.

Este diário dinamarquês de centro-esquerda considera que o facto de cidades inteiras viverem numa “cultura paralela, longe da elite sueca” não é um facto sem importância. O jornal adianta que o debate sobre a situação nos bairros pobres, na Suécia, é “preocupantemente” semelhante ao que se desenrolou na Dinamarca, em finais dos anos de 1990. Na época, explica o mesmo jornal,

o centro-esquerda abandonara, durante demasiado tempo, a crítica da política de integração e essa política foi marcada pela influência das vozes mais extremistas do Partido do Povo Dinamarquês. Em vez de serem encarados, os problemas foram qualificados como incidentes que alimentavam o Partido do Povo.

Hoje, considera o Politiken, o centro-esquerda sueco tem de compreender que “a imigração também coloca desafios ao Estado-Providência e que é preciso discuti-los abertamente”.

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