Uma rede secreta de espionagem constituída por uma centena de pessoas e denominada ORG, trabalha para que a Dinamarca seja “limpa” dos seus imigrantes, escreve o diário dinamarquês Politiken. Segundo o jornal, que teve acesso a um foro privado desta rede na Internet, a ORG existe já há 20 anos. Espia a esquerda dinamarquesa e fornece informações sobre as suas personalidades mais influentes aos grupos mais radicais da extrema-direita dinamarquesa como o “Den danske forening” ("A Associação Dinamarquesa"). A organização quer, também, “acertar contas” com os “traidores” que permitiram a imigração ou a apoiam publicamente.
Em 2009, um polícia que fazia parte desta rede foi condenado por ter abusado do seu cargo para obter informações sobre “adversários políticos”. Muitos dos fundadores da ORG foram membros da direção do Partido do Povo Dinamarquês (DF, populista) e, pelas fotografias colocadas no foro da organização, celebram o solstício de verão festejando em volta de uma cruz a arder, entregando-se, assim, a um antigo ritual dinamarquês. O líder do ORG, Jesper Nielsen, não quis encontrar-se com os jornalistas do Politiken, mas respondeu-lhes, por escrito, que o “ORG não deseja a atenção atual, porque pensamos que o caráter não publico da organização será mal interpretado”.