Dois anos depois, o que resta dos “Indignados”?

Publicado em 13 Maio 2013 às 12:44

Dois anos depois do nascimento do movimento dos “Indignados”, a 15 de maio de 2011, houve manifestações em cerca de vinte cidades espanholas, a 12 de maio, para lembrar “a primeira resposta da rua contra a crise” e contra as primeiras medidas de austeridade adotadas pelo governo socialista da época, escreve El Periódico de Catalunya.
O aniversário foi a ocasião para fazer o balanço do movimento 15-M, escreve o diário, que não se mostra otimista:

O movimento definhou até desaparecer da comunicação social, afetado pela ausência de objetivos concretos do protesto, pela falta de liderança e pela dispersão ou inexistência de porta-vozes, apesar de continuar presente nas redes sociais.

Mas resta qualquer coisa “muito mais importante”, continua El Periódico:

A semente da contestação social que germinou nos poderosos movimentos sociais que têm ocupado a rua nestes últimos meses. [O 15-M] continuará a ser o embrião da força adquirida pela Plataforma dos afetados pelas hipotecas (PAH) ou das marés humanas de diferentes cores — branca, verde, amarela — que denunciam os cortes na Saúde, na Educação e noutros setores que sofrem com a deterioração do Estado Providência, decididos por quem gere a crise. A divisa das manifestações deste aniversário exprime completamente esta transformação da indignação em rebelião: uma “escrache” ao sistema.

Newsletter em português

Tags

É uma organização jornalística, uma empresa, uma associação ou uma fundação? Consulte os nossos serviços editoriais e de tradução por medida.

Apoie o jornalismo europeu independente.

A democracia europeia precisa de meios de comunicação social independentes. O Voxeurop precisa de si. Junte-se à nossa comunidade!

Sobre o mesmo tópico