Bélgica-Espanha

Estados endividados sob pressão dos mercados

Publicado em 19 Abril 2011 às 11:12

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"Crise da dívida intensifica-se", titula De Standaard. A 18 de abril, a Bélgica contraiu um empréstimo de 2,95 milhões de euros a um juro que, desta vez, chega aos 4,4%, a percentagem mais alta desde 2009. "Este juro é inferior ao da Grécia, que explodiu completamente", a 20% em títulos do Tesouro a três anos, nota o diário. O problema é que "o spread [a diferença entre os juros aplicados a dois países] da Alemanha subiu repentinamente ao passo que, na Bolsa, reina a desconfiança e a cólera". "É a segunda vez, este ano, que a Bélgica lança obrigações do Estado quando o nervosismo se apodera dos mercados", nota o economista responsável pela ING Belgique, que lamenta o "mau momento" para a emissão de títulos do Tesouro a dez anos. A Bélgica já emitiu 17,3 milhões de euros dos 34 milhões que tenciona arrecadar este ano em obrigações lineares.

Espanha também irá fazer face a elevadas taxas de juro sobre as emissões de títulos do Tesouro e El País mostra-se alarmado ao ver "as dúvidas em relação à Grécia a ter reflexos negativos na dívida espanhola". Os receios de uma re-estruturação da dívida grega "relançaram as dúvidas nos mercados e demonstram, uma vez mais, que Espanha, mesmo com as devidas distâncias em relação ao grupo de economias sob vigilância, não fica imune à turbulência", constata o diário madrileno.

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