Médio Oriente

Europa está fora de jogo, mas pode vir a ser útil

Publicado em 2 Setembro 2010 às 10:57

A 2 de Setembro, israelitas e palestinianos encontram-se em Washington para uma nova tentativa de retoma do processo de paz. Mas enquanto as conversações recomeçam sob a égide dos Estados Unidos da América, a União Europeia está completamente ausente do acontecimento. É incompreensível que “o Presidente Obama afaste a UE das negociações”, espanta-se Yossi Beilin no jornal La Vanguardia. O antigo ministro israelita da Justiça, presidente da Iniciativa de Genebra Genebra e antigo negociador durante as conversações de Taba, em 2001, lembra que “as principais etapas do processo, ao longo dos últimos vinte anos, tiveram lugar na Europa”: a conferência de Madrid em 1991, bem como os acordos assinados em Oslo (1993), Paris (1995) ou Genebra (2003).

No entanto, observa Yossi Beilin, Barack Obama está “consciente da vasta experiência europeia” e “sabe que será pedida ajuda à Europa nos três principais problemas de dimensão internacional” de um acordo israelo-árabe: o financiamento, a participação numa força multinacional para o estabelecimento do Estado palestiniano e a ajuda para absorver os refugiados palestinianos. Nestas condições, afirma o antigo negociador israelita, a Europa não deve “mendigar” um papel neste renovado processo. Pelo contrário, deve estar “constantemente envolvida nas conversações”. Foi o que aconteceu na conferência de Madrid, em que “os europeus assumiram um papel crucial e foram imprescindíveis” para fazer avançar as negociações. Para Berlim, é “aos Estados Unidos e às partes implicadas que cabe pedir [à Europa] que assuma um papel decisivo”.

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