Fazer a corte ao Oriente

Publicado em 29 Novembro 2012 às 15:29

"A imprensa mundial tem sido assolada com notícias sobre o ‘eixo estratégico asiático' dos Estados Unidos e a viagem pioneira do Presidente Barack Obama a Rangum", começa o EUobserver, para apelar em seguida a uma maior aproximação entre a Europa e a Ásia Central e China. O apelo é feito no momento em que Catherine Ashton, a dirigente europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, foi presidir à reunião ministerial UE-Ásia Central, realizada no Quirguistão em 27 de novembro, antes de iniciar um périplo de três dias pela região. O EUobserver relembra que a Europa há muito que vem descurando os contactos com a região, rica em recursos energéticos, mas que isso pode mudar em breve:

À medida que 2014 se aproxima, altura em que vai ter de haver um reforço de atenção em relação à Ásia Central, abre-se uma brecha que permite à Europa ter o seu próprio ‘eixo estratégico asiático', centrado no flanco ocidental da China... O objetivo da Europa não deve ser apenas continuar o trabalho de desenvolvimento e projetos de infraestruturas que há muito vem fazendo, mas concentrar-se no desenvolvimento de laços económicos e comerciais com a região.

Um envolvimento mais próximo poderia impulsionar programas de segurança regional, fortalecer a segurança nas fronteiras e combater de forma mais eficaz o fluxo de narcóticos do vizinho Afeganistão, prossegue o site. E acrescenta:

É evidente que há um equilíbrio delicado que precisa de ser conseguido, em matéria de direitos humanos – mas só a retórica não vai produzir as perguntas e as respostas que pretendemos. A Europa precisa de encontrar uma forma de manter uma posição relevante na Ásia. Concentrar-se no seu tecido conectivo através da vastidão da Eurásia representa um veículo ainda pouco explorado.

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