Grunwald, a batalha que mudou a Europa Central

Publicado em 15 Julho 2010 às 12:14

“Grunwald trouxe a Polónia da periferia para o centro da Europa”, escreve o Polska na sua primeira página. Há 600 anos, a fina flor da cavalaria europeia travou uma batalha perto de Grunwald, naquela que viria a ser uma das mais longas batalhas da Idade Média. Apoiado pelos cavaleiros dos exércitos ocidentais europeus, o exército da Ordem Teutónica foi derrotado pelo exército polaco-lituano, liderado pelo rei Jagiełło da Polónia. Checos e ruténios combateram ao lado dos polacos. “Foi a maior demonstração de força da Europa Central que, naquela época, era considerada pelo ocidente uma área das suas conquistas”, como nos contou Janusz Lewandowski, comissário europeu do Orçamento.

A vitória de Grunwald tornou-se um mito fundador da Polónia independente e da Lituânia e uma “apoteose da nação polaca”. Durante muito tempo, porém, esta vitória lançou um manto sombrio sobre as relações germano-polacas (os Cavaleiros Teutónicos eram quase exclusivamente alemães) e foi utilizada como meio de propaganda. O regime comunista polaco apresentava os políticos federais alemães, incluindo o chanceler Konrad Adenauer, como sendo os sucessores das políticas imperiais dos Grão-Mestres da Ordem Teutónica. Hoje em dia, Grunwald serve para unir e não para separar. O recém-eleito presidente polaco e os presidentes da Lituânia, da Roménia e da Moldávia vão participar nas comemorações dos 600 anos da batalha de Grunwald, que conta igualmente com a presença do Grão-Mestre italiano da Ordem Teutónica, Bruno Platter. Sábado, a batalha será levada ao palco nos campos de Grunwald na presença de 200 mil visitantes.

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