A guerra contra o Iraque foi ou não "legal"? Esta será a questão principal na mente de comissão de inquérito presidida por Sir John Chilcot, quando iniciou, a 24 de Novembro, as audições sobre a decisão de Grã-Bretanha de se juntar à invasão de 2003, liderada pelos Estados Unidos. No entanto, segundo afirma hoje o Guardian, na primeira página, essa análise ultrapassa o âmbito do inquérito por ele conduzido. Personalidades importantes da área da Justiça, que há muito defendem que a guerra "constituiu uma grave violação do direito internacional", põem em causa a sinceridade da declaração de Sir John de que a "legalidade" da guerra é a questão central, uma vez que o painel a que preside "não inclui um único juiz ou advogado". O diário londrino salienta que o facto suscita dúvidas sobre "a disposição do Governo, que ordenou o inquérito, de apurar seriamente se agiu dentro da legalidade". Mas uma questão não foi até agora levantada: saber se uma guerra "legal" justificaria a morte violenta de, até à data, cerca de 100 000 civis?
Apoie o jornalismo europeu independente.
A democracia europeia precisa de meios de comunicação social independentes. O Voxeurop precisa de si. Junte-se à nossa comunidade!