“A vingança de Lukashenko”, traz em manchete o Gazeta Wyborcza, após um tribunal bielorrusso ter condenado Andrei Sannikov, o rival de Lukashenko nas eleições presidenciais de 2010, a cinco anos de colónia penal pela organização de uma demonstração de rua, onde participaram 20 mil pessoas, no dia das votações (19 de dezembro). “Este é o primeiro, mas não o último rival do ditador a ir preso por ter ousado desafiá-lo”, escreve o diário de Varsóvia, relembrando que mais três candidatos incumbentes da oposição estão à espera das suas sentenças. Pavel Sheremet, o jornalista bielorrusso que passou bastante tempo na prisão há alguns anos e no ano passado foi desprovido da cidadania bielorrussa, diz que o presidente Lukashenko pretende alcançar duas coisas: uma vingança rigorosa contra os seus oponentes políticos e, ao prendê-los ou ao recusar os seus passaportes, criar um grupo de “reféns”. Estes poderão servir de moeda de troca em conversas com o Ocidente para retirar sanções contra a Bielorrússia ou descongelar as ajudas ao país.
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