Ministro desliza em questão sobre violação

Publicado em 19 Maio 2011 às 10:21

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“Uma violação é uma violação” – (Locutor de rádio) – “Não, não é” (Kenneth Clarke), traz em manchete o Independent, citando uma entrevista que provocou o tumulto nacional. O ministro da Justiça britânico defendia um plano para reduzir as sentenças de prisão até 50% quando existisse confissão de culpa desde o início, um plano que também poderia incluir casos de violação, mas provocou um ultraje ao parecer sugerir que “algumas violações eram menos importantes que outras”, escreve o diário londrino. O ministro da Justiça procurava distinguir entre o que denominou de violações “sérias” e violações por “conhecidos” quando, ao ser questionado, rejeitou a afirmação “uma violação é uma violação”. “Não, não é”, disse ele. “E se um rapaz de 17 anos de idade tiver relações com uma rapariga de 15 anos e esta consentir, isso é uma violação [isto é, este tipo de caso constitui uma violação em termos legais, visto que no Reino Unido a idade de consentimento é aos 16 anos]”. Acerca da afirmação, disse depois que “ninguém está a dizer que um caso de violação sério será libertado da prisão após 12 meses”. Criticado por todos os grupos de mulheres, pelo partido Trabalhista da oposição e pelos meios de comunicação social por falar no assunto de violações tão levemente, “existe uma grande especulação de que será deslocado do Ministério da Justiça” constata o diário londrino.

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