Os flocos de neve dançam à luz dos candeeiros. O terreiro da estação brilha sob o manto branco do inverno. Os raros passageiros do TGV que desceram aqui, em Sedan, afastam-se em passo rápido. Um silêncio quase solene paira sobre aquele lugar. Não vemos ninguém durante alguns minutos, nem carros, nem autocarros, nem táxis.
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Contraponto
“Um emaranhado único no mundo”
“Nada sem a Alemanha” 50 anos após o Tratado do Eliseu, [...] a França não pode fazer nada sem primeiro chegar a acordo com o seu poderoso parceiro germânico.”
O diário congratula-se com esta relação única:
Nenhum outro país do mundo construiu com um grande Estado vizinho um emaranhado tão sofisticado de relações económicas, comerciais, financeiras, políticas e até mesmo culturais, tão densas e apaixonadas.
Mencionando o envolvimento militar francês no Mali, o Libération sublinha a resistência da Alemanha “à ideia de assumir as responsabilidades internacionais que o seu poder exige” e escreve que
do plano de viagem traçado por Adenauer e de Gaulle, tudo foi levado mais além, com exceção de um único domínio: a política de segurança. No entanto, o general afirmou que se as duas margens do Reno não têm nada a dizer uma à outra em matéria de defesa, arriscam-se, um dia, a nada terem para partilhar. O Tratado do Eliseu não ganhou uma ruga. Mas a Alemanha tem também ainda um caminho para percorrer.