Novas eleições, novos perigos

Publicado em 16 Maio 2012 às 14:55

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Após nove dias de conversações, os partidos gregos não conseguiram chegar a acordo para formarem governo. Por isso, haverá novamente eleições a 17 a junho, que serão organizadas por um gabinete de transição liderado pelo presidente do Conselho de Estado, Panayiotis Pikramenos.

“Com este escrutínio, o país está em perigo”, inquieta-se o jornal I Kathimerini. O diário escreve, no entanto, que apesar de se reforçar a hipótese de abandono da moeda única, “Merkel e Hollande querem que a Grécia se mantenha na zona euro”.

“Ficam provadas as previsões das cassandras internacionais”, lamenta To Ethnos, num artigo com o título “Eleições em campo minado”. “O país está num impasse. Agora, é preciso que os partidos deem respostas claras aos problemas do país” que são, especialmente, uma recessão de 6,2% no primeiro trimestre do ano e uma taxa de desemprego de 21%.

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Para To Vima, estas novas eleições serão

um referendo de Antonis [Samaras, o líder da Nova Democracia, de direita] contra Alexis [Tsipras, o líder do Syriza, a coligação de esquerda radical], da direita contra a Coligação de esquerda radical, dos pró-europeístas contra os outros.

No entanto, espera Ta Nea, esta crise política

é uma oportunidade para fazer renascer e refundar a social-democracia. Os dois partidos tradicionais [a Nova Democracia e os socialistas do Pasok] têm de saber tirar lições do seu falhanço.

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