Será que a Europa prepara um corte drástico nas energias verdes? O Comissário responsável pelo dossiê, Günther Oettinger, está prestes a dar um “choque elétrico a partir de Bruxelas”, como diz em título o Süddeutsche Zeitung. Segundo as informações do diário de Munique, Oettinger quer “examinar os sistemas de subvenções nacionais em certos recursos energéticos”.
Irritado com os particularismos dos 27 Estados-membros da UE, o Comissário revolta-se contra o nacionalismo crescente no setor da eletricidade, sempre que surge a ocasião. Para grande frustração dos ecologistas, o comissário não aprova sobretudo a proliferação não enquadrada das ajudas à eletricidade verde.
Os Estados serão assim proibidos de subvencionar a energia renovável livremente, um privilégio do qual beneficiaram até agora. Para a Alemanha, o que está em jogo é a sua lei sobre a promoção das energias alternativas – que provocou um boom no setor da energia eólica e solar, bem como o aumento significativo dos preços da eletricidade, nestes últimos anos.
Segundo o Süddeutsche Zeitung, a análise das ajudas estatais faz parte do “prestigioso projeto da UE, que tenciona ter um mercado interno da energia” até 2014, mas que os Estados estão a demorar a realizar. Este mercado deverá garantir a alimentação de energia por toda a Europa, como também tornar a energia mais barata para o consumidor.