Bielorrússia

O último ditador europeu tortura opositores

Publicado em 1 Março 2011 às 10:25

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"Lukashenko usa a tortura", acusa o Gazeta Wyborcza, citando o testemunho de um dos candidatos da oposição à presidência, Ales Mikhalevich, detido após uma manifestação contra o regime em Minsk, capital da Bielorrússia. O protesto de 20 mil pessoas contra as eleições fraudulentas de 19 de dezembro que, segundo dados oficiais, Lukashenko venceu com 80% dos votos, foi objeto de uma repressão policial brutal, com mais de 800 detidos, entre os quais Mikhalevich. "Fui algemado com as mãos atrás das costas, torcidas com tanta força que os meus ossos estalaram. Fui impedido de dormir, obrigado a ficar de pé, nu e com as pernas abertas. Exigiram que prometesse que faria tudo o que o KGB [serviço de segurança] me mandasse, até que, finalmente, concordei ", relata Mikhalevich, libertado em 19 de fevereiro. Está agora a aguardar julgamento, com 30 outros ativistas da oposição, acusado de "organizar e participar em manifestações em massa", um crime que incorre numa pena de prisão até 15 anos. Confrontada com uma nova onda de represálias contra a oposição democrática na Bielorrússia a UE, a 31 de janeiro, voltou a estabelecer sanções relativamente aos vistos dos 158 funcionários do regime de Minsk e congelou os seus bens.

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