Os humanitários, último recurso dos novos pobres

Publicado em 6 Outubro 2011

Vítimas de cortes orçamentais draconianos impostos pela crise da dívida, os gregos mais desfavorizados começam a recorrer a ONG humanitárias para receberem assistência.Interrogado pelo EUobserver, Apostolos Veizis, presidente dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) da Grécia, refere o número crescente de cidadãos gregos que recorre aos centros de atendimento dos MSF, no país desde 1995. Estes centros estão vocacionados para dar apoio a imigrantes e refugiados albergados em centros de retenção provisória e que não têm acesso ao Sistema Nacional de Saúde do país.

“Com o agravamento da crise económica, estamos perante um problema mais grave”, diz Veizis no site da atualidade europeia: “neste momento, reformados, desempregados, sem-abrigo, doentes com sida e tuberculose também deixaram de ter assistência na doença. Verificamos que os orçamentos de certo tipo de cuidados, como a assistência social e o tratamento de algumas doenças, foram atingidos por reduções que rondam os 80%”, acrescenta Veizis, que denuncia a rutura de stocks de material médico, medicamentos e sangue. Para além disso, adianta o EUobserver, os gigantes farmacêuticos recusam-se a fazer entregas a determinados hospitais com receio de que estes não lhes paguem.

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