Políticas governamentais empurram empresas para paraísos fiscais

Publicado em 9 Agosto 2012 às 12:33

O número de empresas eslovacas registadas em paraísos fiscais subiu no primeiro semestre deste ano mais de 7%”, escreve o SME, citando o relatório da Agência de Informação Financeira checa (ČEKIA). De acordo com o diário eslovaco, este é o resultado do “receio de um aumento da carga fiscal” e de outras medidas impostas pelo governo socialista de Robert Fico. As empresas eslovacas preferem ir para a Holanda, Chipre e Luxemburgo, mas também para a vizinha Hungria. O jornal adianta que

numa tentativa de evitar a evasão fiscal, Robert Fico estabeleceu como requisito que a atribuição de um financiamento ao Chipre só seria aprovado se Nicósia apresentasse uma lista dos cidadãos eslovacos residentes no país.

Verifica-se um êxodo semelhante na República Checa, país mais brando em termos de política empresarial, onde as empresas optam pelos paraísos fiscais do Chipre, das Baamas e dos EUA para manter em segredo as suas estruturas de propriedade e beneficiar de um quadro legislativo mais favorável, informa o Hospodářské noviny. Segundo o diário económico de Praga, já saíram do país mais de 300 empresas e espera-se que muitas outras sigam o exemplo.

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