“A dívida britânica é uma montanha de 893 400 milhões de libras” (1,044 biliões de euros), lemos na manchete de The Independent, no dia em que a rainha Isabel II anuncia, no discurso de abertura do novo Parlamento, cortes de despesas da ordem dos 6200 milhões de libras (7200 milhões de euros), incidindo principalmente sobre os ordenados e gastos da Função Pública. O diário londrino não se mostra impressionado e frisa que tais economias representam apenas um minúsculo pedaço do canto inferior direito da gigantesca dívida do Reino Unido.
Entretanto, a austeridade está na ordem do dia por toda a Europa, com o Governo italiano a anunciar que o país se vai ter de submeter a um “tratamento radical”, se quer evitar o “risco da Grécia”. La Repubblica relata as medidas projectadas para reduzir a dívida pública, que está nuns inquietantes 118% do PIB. Estão previstos cortes na despesa de 24 mil milhões de euros no sector público, com congelamento de salários e limitações em matéria de reforma. O diário romano salienta que o primeiro-ministro Silvio Berlusconi adiou a questão por muito tempo. Mas o anúncio das restrições prova que a Itália está "realmente numa aflição séria”.