O plano de rigor apresentado pelo primeiro-ministro português, José Sócrates, no dia 8 de Março, não convence ninguém. Este "Programa de Estabilidade e Crescimento" (PEC), destinado a fazer baixar o actual défice público de 8,3% para 2,8%, em 2013, irá ser discutido na Assembleia da República, dia 25 de Março, antes de ser enviado para a Comissão Europeia, embora os especialistas ouvidos pelo Público se mostrem cépticos. "O Governo anda a brincar com o fogo", considera o economista João César das Neves, que alerta para a possibilidade de os mercados internacionais não acreditarem neste programa. Se isso acontecer, acrescenta, "estamos perdidos". O plano de redução da despesa pública e de relançamento das privatizações, que inclui o congelamento de salários e a antecipação da idade da reforma na Função Pública, "não é suficiente para equilibrar as finanças públicas", avança o economista Álvaro Santos Pereira. Mas poderá ser suficiente para criar dificuldades ao Governo, pois os sindicatos preparam-se para lançar um movimento de contestação.
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