Ser o país mais corrupto da Europa não dá prazer nenhum

Publicado em 6 Dezembro 2012 às 15:16

Dia 5 de dezembro, a ONG Transparência Internacional apresentou o seu relatório 2012 sobre a perceção da corrupção no mundo. Não foi novidade a Finlândia e a Dinamarca aparecerem no topo da classificação. Também não foi novidade a Somália e a Coreia do Norte aparecerem em último lugar. Entre os países da UE, a Grécia é a mais mal colocada – 94º lugar, com o Djibuti e a Colômbia -, 19 posições abaixo do penúltimo Estado-membro, a Bulgária.

Esta classificação está “totalmente errada” e “não convence”, considera To Vima, porque a “Transparência Internacional não questiona o problema e limita-se a transcrever impressões dos cidadãos”. Mas, nota o diário ateniense,

num período de grande crise, de memorando [assinado com o FMI, a UE e o BCE sobre o pagamento da dívida] e de recessão sem precedentes, em que a opinião pública é bombardeada com notícias negativas e incontáveis referências a escândalos económicos, poderiam os cidadãos dizer outra coisa? Isto não significa que a corrupção tenha aumentado ou que se tenha intensificado. Como seria possível haver mais corrupção num país onde a economia está a ser destruída, onde a recessão atinge os 7%, onde os bancos estão paralisados, onde as obras públicas estão paradas? É evidente que este relatório não tem sentido. Vai sendo tempo de acabar com estes disparates desnecessários que se escondem por trás de ONG como a Transparência. Riem-se das pessoas. O Governo tem de reagir imediatamente.

Uma opinião refutada por Costas Bakouris, presidente da secção grega desta ONG. Num artigo de opinião publicado no Guardian, recorda que, no máximo, na semana anterior, a Comissão Europeia e a…Transparência Internacional Grécia

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apresentaram em Atenas um plano de luta contra a corrupção no país. Quando vemos o índice de perceção da corrupção, torna-se imperativo que as iniciativas anticorrupção apresentadas sejam prontamente postas em prática.

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