Soft is beautiful

Publicado em 31 Julho 2009
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A União Europeia é muitas vezescriticadacada pelo seu poder benevolente, quase mole, incapaz, entre outros motivos, pelas suas divisões internas, de pôr em prática uma política externa credível e eficaz. Embora revele dificuldades no panorama da diplomacia mundial, a UE exerce no seu círculo mais próximo um poder de atracção aparentemente irresistível. Tivemos a prova disso há poucos dias: naMoldávia, os eleitores votaram maioritariamente nos partidos europeístas, nas legislativas do passado dia 29 de Julho, seguidos de perto pelos partidos da oposição. Se estes conseguirem formar Governo – o que não é um dado adquirido, porque o Partido Comunista continua a ser, de longe, o partido mais votado – Chisinau poderia apresentar imediatamente um pedido de adesão à UE.

Depois de uma longa resistência aos encantos de Bruxelas, a Islândia, fragilizada pela crise económica, optou com todo o pragmatismo por pedir a protecção supostamente condescendente da UE. Reykjavikapresentou, no passado dia 23 de Julho, um pedido de adesão, recebido com um tal entusiasmo em Bruxelas e nas restantes capitais europeias que inúmeros diplomatas e viram obrigados a tranquilizar os outros países candidatos (em especial os países dos Balcãs) relativamente à fase do seu processo de adesão, que poderá ser acelerado. Por ocasião do aniversário do " Pacto Federal", a 1 de Agosto, um grupo de intelectuais suíços, por iniciativa do Clube Helvético, lançou um pedido de adesão da Suíça à UE, em destaqueno Le Temps, o diário de Genebra. A verdade é que o soft power criticado por alguns revela-se por vezes mais eficaz do que um poder inflexível, mal exercido.

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