“Teria sido possível travar Breivik”

Publicado em 14 Agosto 2012 às 11:40

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O ataque terrorista cometido em 22 de julho de 2011 pelo extremista de direita Anders Behring Breivik poderia ter sido evitado. A afirmação consta do relatório, entregue em 13 de agosto, pela comissão independente sobre o atentado de Oslo e a matança de Utøya, no decorrer da qual foram mortas 77 pessoas.

"A comissão sobre o 22 de julho: o atentado bombista poderia ter sido evitado. A polícia poderia ter chegado mais cedo a Utøya. Teriam sido poupadas muitas vidas", resume, na primeira página o Aftenposten. Segundo este jornal, a comissão, presidida pela advogada Alexandra Bech Gjørv, concluiu que as autoridades não levaram a sério a possibilidade de um atentado bombista. No entanto, acrescenta o mesmo diário, teria sido possível impedir o ataque contra o complexo governamental, "aplicando as medidas de segurança existentes". Além disso, "realisticamente, a polícia teria podido intervir mais rapidamente" na ilha de Utøya, para onde Breivik se dirigiu logo depois de ter ativado o engenho explosivo que devastou o centro de Oslo e onde se encontravam reunidos jovens trabalhistas. Por último, os serviços de informação deveriam ter sido alertados para as ideias extremistas de Breivik e deveriam tê-lo detido. O relatório suscita vivas críticas na imprensa norueguesa:

Os lapsos que a comissão revelou são resultado da falta de cultura de liderança enraizada na política e na administração,

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salienta o Bergens Tidende. Por seu turno, o tabloide Verdens Gang exige a demissão do primeiro-ministro social-democrata, Jens Stoltenberg:

Stoltenberg assume a responsabilidade pelas consequências do 22 de julho. Tem maioria no parlamento e, portanto, o poder de manter o cargo. Devia ter a dignidade de o abandonar.

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