“Maus rapazes e reformadores”: fazer política de outra forma, os Piratas estão finalmente mais ou menos integrados no funcionamento da assembleia. “O partido conseguiu marcar pontos graças aos seus temas básicos”, observa o TAZ:
Proteção de dados, transparência, Internet. Os deputados divulgaram ao público os seus rendimentos e os seus contactos com os lobistas; os debates no seio do grupo parlamentar são transmitidos em direto na Internet. (…) A presença dos Piratas foi o suficiente para mudar a atitude dos outros partidos. Nota-se até que ponto a transparência e a cultura participativa se tornarem importantes no parlamento (…) e a forma de falar também mudou. (…) Tornou-se mais direta e há mais confrontos.
Dessa forma, os Piratas conseguiram quadruplicar o número de membros da sua federação regional berlinense e têm hoje 14% das intenções de voto, um valor superior ao resto da Alemanha.
Em contrapartida, adianta também o TAZ, “os Piratas apenas conseguiram apresentar 52 moções”, enquanto “os seus colegas de oposição Verdes conseguiram apresentar o dobro”. Pior ainda, cometeram “um número considerável de erros”, como as declarações sobre o nazismo e o holocausto, que levaram o seu chefe em Berlim, Hartmut Semken, a demitir-se.