Um pequeno sobressalto democrático

Publicado em 14 Junho 2010 às 11:46

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Robert Fico ganhou, mas está acabado”, comenta o SME. As eleições eslovacas de 12 de Junhorevelaram o mesmo paradoxo que os recentes escrutínios checo e holandês: o vencedor não vence verdadeiramente. O partido do primeiro-ministro cessante, o SMER, obteve quase 35% dos votos, mas não deverá poder formar Governo. O diário eslovaco anuncia que “o novo primeiro-ministro será, provavelmente, Iveta Radičová". O partido por ela liderado, SDKÚ-DS (centro-direita), deverá coligar-se com três formações, entre elas o MOST-HID, uma formação multiétnica composta por húngaros e eslovacos. Para o semanário checo Respekt, “a grande vitória da Eslováquia” é a derrota do partido nacionalista de Vladimír Mečiar, qualificada como “momento histórico”. O antigo primeiro-ministro, que isolou o país durante a década de 1990 e alimentou o conflito com os húngaros, estará ausente do Parlamento pela primeira vez desde 1990, data das primeiras eleições democráticas no país. É certo, lembra o Respekt, que o nacionalismo e o populismo não foram completamente derrotados, mas “as eleições mostraram que o país tem a capacidade de se regenerar e que as pessoas protegem a democracia”.

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