“É hoje que isto (re)começa”: três semanas depois “do acordo de 21 de julho”, as negociações entre os oito partidos belgas começam hoje, sob a égide de Elio Di Rupo. Em jogo, “a reforma do Estado e a formação de um novo Governo”. Depois de três semanas de férias, os líderes políticos belgas, à exceção de Bart De Wever, (N-VA), que abandonou as negociações, “entram na reta final daquele que será um momento fatídico para a Bélgica: o de passar ou quebrar”.
Mas, no seu editorial, o diário belga Le Soir lembra que o início das negociações “é um momento de gravidade e urgência [que] que não se limita ao nosso pequeno país”. Degradação americana, motins em Londres, manifestações dos indignados… “Para os líderes dos oito partidos, sentados à mesma mesa, não se trata apenas de salvar o Estado-Bélgica: trata-se de participar ativamente na salvação global, na reinvenção de um modelo de sociedade e de desenvolvimento essenciais”, continua o Le Soir, que evoca “um encontro churchilliano”. Em conclusão: “(…) Esperamos que os nossos dirigentes políticos estejam conscientes da gravidade deste apelo da Historia”.