Crise leva candidatos à UE a pensar duas vezes

Publicado em 2 Maio 2013

“A UE sempre teve dificuldade em definir as suas fronteiras ultraperiféricas. Agora, o problema está a ser resolvido pelos próprios países candidatos: a maior parte deles está a pôr de lado os sonhos de integração”, como a Islândia, que não quer dar seguimento às negociações de adesão, o entusiasmo pela integração está agora a vacilar também entre os candidatos mais pobres, como a Ucrânia, que – apesar de todo o encorajamento da Polónia – não consegue decidir se quer ou não aproximar-se mais da UE.

Na Turquia, a opinião pública está igualmente a mostrar-se contrária à adesão do país à UE. Por outro lado, a Croácia poderá vir a ser o último novo membro dos Balcãs, nos próximos anos, visto que outros candidatos da região parecem sentir que a adesão à UE não justifica o sofrimento que as reformas que esta torna inevitáveis infligiria.

Segundo este diário de Varsóvia,

esta situação é o resultado de cinco anos de crise, durante os quais os dirigentes da UE têm sido incapazes de tomar as decisões ousadas necessárias para restabelecer a estabilidade do euro. Ao mesmo tempo, a fraqueza da França, da Itália e da Espanha conduziu à supremacia política da Alemanha na Europa unida e ao reavivar de ressentimentos históricos. A crise da zona euro não ficou a dever-se apenas às fraudes das autoridades gregas nem aos investimentos imprudentes feitos pelos bancos espanhóis: deve-se também a erros na estrutura da união monetária criada pelos alemães e pelos franceses. Mas, hoje, só os países mais fracos da Europa têm de pagar pelo fracasso do euro. O que também dá que pensar os países candidatos.

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