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*"Solidariedade para com os europeus pobres"*, é o [título no *Gazeta Wyborcza*](http://wyborcza.pl/1,75477,7202429,Solidarnosc_eurobiedoty.html), que pretende resumir o debate sobre emissões de CO2 na cimeira europeia de Bruxelas. Os países da Velha Europa querem dividir uniformente os custos de redução das emissões. Mas a Polónia, que conduz a aliança dos novos membros da UE, está a lutar para deslocar o peso do combate ao aquecimento global para os seus parceiros europeus mais endinheirados. Como observa o diário, o argumento básico dos polacos é o seguinte: "*A nossa economia é ainda à base de carvão; logo, temos emissões mais elevadas. Mas ainda não estamos em condições de pagar pela nossa difícil história, que nos condenou a este estado de atraso."*
Os representantes de países da Europa Central acrescentam igualmente que a Letónia, atingida em pleno pela crise, não deve ter de pagar pela Índia, uma potência económica em expansão. Entretanto, nem todos se deixam convencer por estes argumentos. "*Hoje, a Polónia está entre os 50 países mais ricos do mundo, e não foi sempre assim. No passado, muitos países do mundo mostraram a sua solidariedade para com a Polónia. Hoje, cabe-lhe a ela ajudar os outros",* escreve o arcebispo Desmond Tutu, galardoado com o Prémio Nobel da Paz, em carta-aberta aos dirigentes da UE.
