Adeus, Cossiga

Publicado em 18 Agosto 2010 às 11:34

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"Demitiu-se", diz, com ironia,Il Riformista, após a morte do senador vitalício Francesco Cossiga, de 82 anos. Antigo primeiro-ministro, Presidente (1985-1992), ministro do Interior, na época do rapto de Aldo Moro pelas Brigadas Vermelhas, e ministro da Defesa, Cossiga foi uma das figuras centrais da História de Itália do pós-guerra e, talvez, a mais controversa. Foi um atlantista dedicado – fez parte da rede secreta anticomunista "Stay-behind" –, amigo de Margaret Thatcher, partidário da repressão contra os movimentos estudantis e, simultaneamente, o promotor da cooperação do seu partido, a Democracia Cristã (DC) com o PCI. No seu último ano como Presidente, depois de terem estalado alguns escândalos de corrupção, chamaram-lhe "o homem da picareta", devido aos golpes que desferiu contra o seu antigo partido e que contribuíram para a queda da DC, no poder até aos anos 1990, e para o fim da "primeira República".

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