"O surrealismo nasceu na Bélgica" e "todos aqueles que têm como interlocutor o Estado belga sabem que o absurdo pode assumir formas bem concretas", ironiza o Frankfurter Rundschau. O último a dar-se conta disso foi o deputado europeu Rosario Crocetta. Eleito em Junho, o antigo presidente da Câmara de Gela, na Sicília, está incluído na lista negra da Cosa Nostra e já foi alvo de três atentados frustrados.
Em Itália, está permanentemente sob protecção policial. Quando o Parlamento Europeu reúne em Estrasburgo, a França coloca guarda-costas à sua disposição. Mas, em Bruxelas, onde não beneficia de nenhuma medida deste tipo, "Crocetta sente-se indefeso" e só se deslocou por três vezes àquela cidade, relata o diário alemão. O Ministério do Interior belga garante ter oferecido protecção a Crocetta, desde que dispusesse de informações pormenorizadas sobre as pessoas que o ameaçam. "O que é completamente ingénuo", observa o deputado.