“A guerra dos seis dias começou”, titula Ta Nea. É este o tempo que falta até à próxima reunião do Eurogrupo, que poderá ocorrer no dia 8 de novembro para decidir se entregam ou não €31,5 mil milhões à Grécia. Mas para obter esta nova tranche de ajuda concedida pela UE, o BCE e o FMI, necessária para evitar a falência do país, o primeiro-ministro Antonis Samaras deverá convencer o parlamento a adotar um novo plano de rigor. Além disso, no dia 12 de novembro, haverá uma outra reunião do Eurogrupo para discutir o período de dois anos reclamado por Atenas para restabelecer as suas contas.
De facto, [constata To Ethnos](http://www.ethnos.gr/article.asp?catid=28243&subid=2&pubid=63732355 [02/11/12 15:16:18] eric maurice: http://www.tovima.gr/opinions/article/?aid=482042), os deputados travam uma “batalha corpo a corpo” relativamente aos €11,5 mil milhões de poupanças previstos pelo Governo. Mas, explica o diário,
as divergências no seio da coligação entre os conservadores da Nova Democracia, os socialistas do PASOK e o partido da esquerda democrática são cada vez mais importantes. A deserção de deputados no seio destas últimas duas formações está a aumentar, o que poderá colocar em causa a adoção das novas medidas de austeridade.
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Esta situação não surpreende o editorialista Pantelis Kapsis:
Passaram quatro meses desde a formação do Governo, e como é costume na política, este corre o risco de se desmoronar. Não por grandes divergências, mas por coisas insignificantes.
A principal vítima destes conflitos poderá ser o PASOK e o seu dirigente Evangelos Venizelos, estima To Vima, exprimindo um descontentamento partilhado pelo resto da imprensa grega:
No outono de 2009, quando George Papandreu chegou ao poder com dez pontos de avanço [sobre o seu adversário de direita Costas Karamanlis], este escreveu “dinheiro não falta”. Poucos meses depois, o país era colocado sob tutela. Esta situação pode não ser do agrado de ninguém, mas Papandreu definiu os alicerces para reformar o país. Hoje em dia, este foi substituído por Evangelos Venizelos na liderança do PASOK e o partido histórico enfrenta enormes dificuldades. Assim se fecha o ciclo deste partido à beira da extinção. Enquanto, por um lado, o país não pode salvar algo que já enterrou, por outro, os restantes partidos enfrentam divergências. Resumindo, a nossa vontade era mandá-los para casa.