Austeridade já não recolhe a unanimidade dentro da troika

Publicado em 29 Janeiro 2013 às 14:24

“A Europa vai fazer cortes até morrer?” A questão levantada pelo Frankfurter Rundschau provoca desentendimentos dentro da troika de fundos de resgate internacionais (UE-BCE-FMI) e provoca verdadeiras batalhas de pareceres e contrapareceres entre a Comissão Europeia e os economistas do Fundo Monetário Internacional.

O centro da disputa, explica o Rundschau, é o “multiplicador”, esse número que indica até que ponto uma política de austeridade pesa na economia de um país. Se uma redução de despesa pública de 1 euro provoca a diminuição do PIB em 1 euro, o multiplicador é, então, estimado em 1. Mas se é de 2, os cortes orçamentais asfixiam a economia e provocam um aumento do défice, porque diminuem as receitas fiscais; se é de 0,5, tem pouca influência na saúde económica e a austeridade é uma boa solução para o Estado.

O problema é que dois economistas do FMI descobriram que os pareceres feitos sobre os países europeus em crise subestimaram constantemente o famoso multiplicador, sobretudo no caso da Grécia.

A Comissão Europeia respondeu imediatamente com um contraparecer segundo o qual economizar é bom.

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Poderá ser restabelecida a paz dentro da troika? Para isso é preciso esperar pelo fim da atual recessão para que os números reentrem na ordem, escreve o Rundschau.

Restará depois aos políticos escolherem a teoria que lhes convém.

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