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“Europa procura meios para colocar os Estados fracos sob administração controlada”, traz em manchete o Irish Times. O diário irlandês observa que “a Comissão quer que as autoridades de Bruxelas tenham o poder de colocar os países da zona euro em dificuldades financeiras sob uma espécie de ‘curatela’ da UE”, uma iniciativa “à qual a Alemanha se opôs durante muito tempo”.
De acordo com o Volkskrant, esta iniciativa poderá traduzir-se em recomendações cada vez mais rigorosas, relatórios obrigatórios, testes de resistência para os bancos, inspeções por parte dos funcionários da Comissão e, nos casos mais problemáticos, um empréstimo obrigatório ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) com colocação sob curatela ou até a supressão de subvenções.
O jornal holandês observa que “a ideia segundo a qual os políticos irresponsáveis devem ser sancionados pela intervenção de Bruxelas é saudada pela Holanda. O primeiro-ministro Mark Rutte e o ministro das Finanças Jan Kees de Jager pressionaram nestes últimos meses os seus homólogos para uma ‘intervenção escalonada’: um país perde cada vez mais poder em função da degradação da sua situação financeira”.
Quando atingirmos uma disciplina financeira, poderemos colocar a hipótese de emitir essas famosas “eurobonds”, do tesouro europeu, explica o Irish Times. Os projetos da Comissão, “que serão contestados por diversos países, sobretudo pela França”, serão apresentados no dia 23 de novembro e debatidos a 9 de dezembro pelos líderes europeus, conclui por sua parte De Volkskrant.
