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“Poderá o relatório do MCV abrir as portas de Schengen?”, questiona em primeira página o România liberă, no dia seguinte à apresentação do relatório provisório do Mecanismo de Cooperação e Verificação (MCV) sobre a promoção da reforma da justiça e da luta contra a criminalidade e a corrupção na Roménia e na Bulgária, que continuam candidatos à entrada no espaço europeu de livre circulação de pessoas.
O diário romeno constata que, segundo o relatório, Bucareste e Sófia fizeram progressos, mas a luta contra a corrupção no topo da administração continua lenta, nomeadamente na Roménia. Esta deve sobretudo responsabilizar os magistrados e desencorajar a corrupção através da aplicação de sanções exemplares e da apreensão de fortunas obtidas de forma ilícita.
O MCV pede também a execução de uma estratégia nacional de anticorrupção e a exclusão, do parlamento, dos deputados e senadores condenados por corrupção. Apesar dos progressos alcançados, o ministro indigitado dos Assuntos Europeus, Leonard Orban, confessa ao jornal que a Holanda, principal opositor à entrada da Roménia e da Bulgária no espaço Schengen, não vai mudar de opinião antes da apresentação do relatório definitivo do MCV, prevista para este verão.
Na Bulgária, o anúncio das conclusões do relatório do MCV passou um pouco despercebido devido às notícias sobre as intempéries e ao luto nacional decretado em memória das vítimas das inundações na aldeia de Bisser (oito mortos), no sul do país. Mas isto não impediu o jornal online Mediapool de classificar este relatório como “muito crítico”, realçando que, pela primeira vez, não foi mencionada no relatório a “intenção política” de Sófia de combater a corrupção e efetuar as reformas necessárias no domínio da justiça.
