Chefe da polícia demite-se devido ao escândalo das escutas

Publicado em 18 Julho 2011 às 10:43

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“Forçado a sair”, traz em manchete o diário The Times, enquanto Sir Paul Stephenson, chefe da polícia metropolitana de Londres, se torna a última notícia da saga de escutas telefónicas da News International. A posição de Stephenson tornou-se insustentável após a apreensão de Neil Wallis, antigo editor executivo do News of the World, durante o período em que as escutas telefónicas eram frequentes no jornal. Descobriu-se que Wallis trabalhou como conselheiro de comunicação de Stephenson, numa altura em que a Scotland Yard rejeitava chamadas para a reabertura de uma investigação criminal sobre escutas telefónicas efetuadas pelo jornal de Rupert Murdoch. O diário The Times refere também que “Sir Paul aceitou £12,000 [€13,700] em hospitalidade num retiro de saúde para o qual Wallis fazia publicidade”.

A demissão do chefe do Met chega após um fim de semana dramático, no qual a diretora executiva do News International, Rebekah Brooks desistiu do seu cargo. Foi mais tarde presa após ter sido identificada como suspeita criminal na investigação da Scotland Yard sobre as escutas telefónicas. Brooks, juntamente com o dono do News International, Rupert Murdoch, deve comparecer perante os deputados na terça-feira dia 19 de julho, para responder a questões relacionadas com o escândalo das escutas telefónicas. A demissão de Stephenson implica ainda mais problemas para o primeiro-ministro David Cameron, que empregou como seu Relações Públicas, o antigo editor do News of the World, Andy Coulson, também ele suspeito principal na investigação das escutas telefónicas. O primeiro-ministro irá “interromper a sua viagem de negócios a África, deixando para trás uma visita ao Ruanda, que permitindo-lhe regressar a casa a tempo para lidar com o escândalo das escutas”, revela o diário londrino.

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