"A crise grega está prestes a tornar-se uma prova perigosa para a zona euro e para a União Europeia", escreve o La Tribune. A mais recente tensão foi a reacção de Angela Merkel ao ultimato lançado pelo primeiro-ministro grego, Georges Papandreou. Se os europeus não encontrarem uma solução para a crise grega até 2 de Abril, Atenas irá recorrer ao FMI. Ora "a ideia seduz Angela Merkel que, assim, poderia evitar o recurso à ajuda europeia que, na sua maior parte, é garantida pela Alemanha", explica o diário.
O eleitorado de Merkel ficaria igualmente satisfeito. Para além disso, "ao recusar-se a abrir os cordões à bolsa, Angela Merkel obriga Sarkozy a mostrar-se mais aberto à visão alemã sobre a União Económica e Monetária". A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, descartou a semana passada o projecto de um "Fundo Monetário Europeu", uma versão reforçada do Pacto de Estabilidade proposto pelo seu homólogo alemão, Wolfgang Schäuble. "A opção FMI que Berlim mantém sobre a mesa faz crescer as apostas sobre a governação económica… e a pressão sobre o Eliseu, muito silencioso a respeito deste assunto nestes últimos dias", conclui La Tribune.