“A crise do euro ameaça contrariar a recuperação da nossa economia”, titula o Irish Independent, um dia depois de os distúrbios em Atenas terem causado a morte de três funcionários bancários e de as obrigações do Tesouro, irlandesas e gregas, terem registado uma queda acentuada nos mercados internacionais. Com a crise grega a questionar a viabilidade de Portugal e Espanha, dois países da zona euro, nos mercados internacionais, a Irlanda receia que a “contaminação” alastre pela sua costa. “[A Comissão Europeia anunciou, ontem, um crescimento positivo](http://ec.europa.eu/economy_finance/eu/forecasts/2010_spring_forecast_en.htm) de três pontos percentuais da economia irlandesa no próximo ano”, escreve o diário irlandês, “em conformidade com as previsões oficiais, e um aumento de 15% na previsão para Novembro. Será um aumento quase duas vezes superior à média europeia, que poderá assegurar a viabilidade do plano orçamental do Governo para os próximos quatro anos. Mas tudo isto poderá ficar comprometido se a crise do euro não for solucionada”. Em Dezembro de 2009, o Governo irlandês aprovou um dos orçamentos mais rigorosos de que há memória no país, reduzindo a provisão da assistência social e os pagamentos no sector público para conseguir uma descida de quatro mil milhões de euros da dívida pública, mais de 12% do PIB.
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