A Eslovénia deverá vetar a proposta de novas sanções contra a Bielorrússia, na reunião de hoje dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, noticia o Gazeta Wyborcza, citando fontes não oficiais em Bruxelas. Este diário de Varsóvia salienta com ironia que,
curiosamente, o veto esloveno coincide com dois grandes contratos recentes para a construção de um hotel de luxo em Minsk e de instalações de energia na Bielorrússia, adjudicados à empresa eslovena Riko Group.
Os dois contratos têm um valor de cerca de 150 milhões de euros e foram assinados, pela parte bielorrussa, pelo oligarca Yuri Chizh, considerado como o "banqueiro não oficial" do Presidente Alexander Lukashenko. Há muito que se espera que Yuri Chizh seja incluído na lista negra da UE mas a proposta da sua inclusão tem vindo a ser vetada por um dos Estados-membros. O Gazeta Wyborcza acrescenta:
Agora, a Eslovénia prepara-se para deitar por terra a política da UE em relação ao regime de Lukashenko, em troca de 150 milhões de euros. O regime de Minsk está por certo encantado. E os presos políticos vão ter de entender que, para a Europa assolada pela crise, os negócios são mais importantes do que os valores e os direitos humanos.
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