Um cidadão, com dupla nacionalidade, francesa e israelita, lançou-se numa batalha jurídica inédita para conseguir que a UE lhe pague as obras de fortificação da casa e uma indemnização pelos prejuízos causados pelos ataques do Hamas. Eyal Katorza perdeu o emprego e a loja de sua mãe fechou por causa dos ataques com foguetes, à média de três a quatro por dia. Katorza também quer ser ressarcido por "danos psicológicos"," refere euobserver.com. Segundo os seus advogados, o Tratado de Maastrich obriga a UE a proteger os cidadãos dos Estados-membros.
Nas oito páginas da acção judicial a que o euobserver.com teve acesso, os 300 mil cidadãos europeus que vivem em Israel são incitados a juntarem-se a esta reivindicação. O documento acusa ainda a UE de permitir que o apoio prestado aos territórios palestinianos ocupados vá parar "às mãos de indivíduos e organizações que financiam e perpetuam o terrorismo". Os 408 milhões de dólares (300 milhões de euros) da ajuda europeia aos territórios palestinianos têm sido criticados pelos grupos da direita israelita. A UE, tem contraposto que quase todas as verbas são pagas através de um mecanismo financeiro que garante a sua utilização para fins estritamente humanitários.