Euroceticismo longe do fim

Publicado em 8 Fevereiro 2012 às 10:56

A eleição do conservador pró europeu, Sauli Niinistö, para a presidência finlandesa, a 5 de fevereiro, em detrimento de um outro europeísta, o ecologista Pekka Haavisto, foi bem recebida na Europa. Há cerca de um ano, a participação do Verdadeiros Finlandeses [partido populista antieuropeu] nas legislativas provocou o endurecimento de Helsínquia nas negociações da ajuda a dar à Grécia. Contudo, nota o Helsingin Sanomat, este resultado não significa o fim "da desconfiança dos cidadãos em relação à UE".

Este diário sublinha os 17% conquistados pelo candidato centrista, Paavo Väyrynen, opositor desde o primeiro momento à moeda única. Väyrynen, que "ouviu as críticas ao euro e fez bom uso delas", fez campanha contra o candidato social-democrata, Paavo Lipponen.

Ex-primeiro-ministro e um dos autores da política europeia na Finlândia, Lipponen chegou ao fim a 10 pontos de Paavo Väyrynen, uma diferença que o Helsingin Sanomat interpreta como sendo o sinal de um forte euroceticismo no país.

O Helsingin Sanomat nota igualmente que o novo Presidente, Sauli Niinistö, é "bastante mais reservado que o resto do seu partido em relação ao apoio financeiro prestado aos países do euro em crise", facto que poderá comprometer as futuras negociações na UE.

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